Ainda é baixo o número de pessoas, dentro dos grupos de risco, que tomaram a dose da vacina tríplice viral em Pelotas, voltada a prevenir a população contra a Influenza. Segundo a Vigilância Epidemiológica, apenas um dos segmentos alcançou a meta estipulada pelo Ministério da Saúde (MS). Por conta disso, o Comitê de Enfrentamento à Influenza decidiu por prorrogar o prazo aos prioritários até o dia 9 de junho.

Na sexta-feira (2), após dias de chuva, Pelotas recebeu boa quantidade de interessados na dose de imunidade. No início da tarde, o Centro de Especialidades, localizado na Voluntários da Pátria, no Centro, registrava filas - apenas uma enfermeira aplicava a vacina. Ana Paula Prestes era uma entre os pelotenses que dedicaram o dia para tal. Ela levou o filho Noah, de quatro anos. O motivo para não ter vindo antes, disse, foi uma infecção respiratória que o pequeno teve, impossibilitando a vacinação anteriormente. "Quando fiquei sabendo da prorrogação, fiquei aliviada e trouxe ele", comentou.

A grande procura agradou o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Frank Neto. Segundo ele, o frio dos dias que se aproximam - após uma semana chuvosa, as temperaturas mínimas para a próxima marcam entre 8°C e 11°C - deve levar a população aos pontos de vacinação da cidade. Isso porque, de acordo com o Poder Público, a justificativa para a baixa procura é a ausência de frio intenso até o momento em Pelotas - em anos anteriores, a campanha, nacional, iniciou em junho. Acredita-se que o maior número de síndromes respiratórias surjam nos próximos dias.

Neto alerta principalmente para a necessidade da vacina a crianças entre seis meses e dois anos, cuja imunidade ainda é muito baixa.

Em números - Grupos prioritários
Crianças de 6 meses a 2 anos: 6.530 pessoas e 2.729 vacinadas
Crianças de 2 a 5 anos: 18 mil crianças e 3 mil vacinadas
Idosos: 49.940 pessoas e 34.481 vacinados